Lula recebe Pacheco no Planalto
Encontro ocorre em meio às discussões sobre o pacote que será enviado ao Congresso para reduzir despesas. Governo também precisa fazer indicações para agências. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Ton Molina/Fotoarena/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (12), no Palácio do Planalto, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Também foram chamados para o encontro os senadores Otto Alencar (PSD-BA), líder do governo no Senado, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Alcolumbre é o favorito para suceder Pacheco como presidente do Senado a partir de fevereiro de 2025. Otto, por sua vez, é cotado para assumir a CCJ no próximo ano.
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Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o encontro foi acertado para tratar de pautas do interesse do governo no Senado.
O Planalto deseja até o fim deste ano concluir a aprovação do projeto que trata do mercado de carbono, a regulamentação da reforma tributária e a proposta sobre emendas parlamentares.
O governo, segundo o ministro, também quer discutir com os senadores as indicações para agências que precisam ser feitas. Há vagas em órgãos como
Agência Nacional de Petróleo (ANP), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Águas (ANA) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O encontro ocorreu em meio às discussões do governo sobre o pacote que visa equilibrar as contas públicas e garantir a viabilidade do arcabouço fiscal, a atual regra que limite o crescimento dos gastos do governo.
O pacote depende da aprovação de projetos que serão enviados ao Congresso Nacional.
Lula é pressionado pelo mercado financeiro a reduzir despesas a fim de assegurar um cenário mais estável para as contas públicas, situação que tem pressionado a cotação do dólar e a taxa de juros definida pelo Banco Central.
As contas do governo registraram déficit de R$ 105,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano, segundo dados do Tesouro Nacional. O governo espera superávit nos últimos meses do ano para compensar o saldo negativo.
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