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Campo Grande,05/02/2025

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Apreensão de cocaína cresce na Amazônia Legal em 2023, aponta levantamento

g1.globo.com
Apreensão de cocaína cresce na Amazônia Legal em 2023, aponta levantamento


De acordo com estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, metade dos estados registrou aumento no último ano, enquanto a outra metade teve redução nas apreensões desse tipo de droga. Drogas apreendidas pela Polícia Federal no Amazonas são incineradas em operação realizada em setembro de 2023.
Divulgação/Polícia Federal
A apreensão de cocaína cresceu 5% na Amazônia Legal no último ano, conforme mostra o novo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC), publicado nesta quarta-feira (11).
📈 Ao todo, forças de segurança estaduais apreenderam cerca de 33,8 toneladas de cocaína de 2022 a 2023.
➡️ A Amazônia Legal é formada por nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e por parte do Maranhão, num total de 772 municípios. A área foi delimitada em 1953 por uma lei federal com o objetivo de criar políticas para o desenvolvimento socioeconômico da região.
A região é uma das mais cobiçadas pela chamada “rota do tráfico”, pois os rios e matas são utilizadas como rota de transporte de drogas provenientes de países vizinhos, como Colômbia, Peru e Bolívia. Além de servir como base para a produção de drogas.
Quatro estados da Amazônia Legal registraram aumento de apreensão no último ano:
Amapá: aumento de 32,9%, saindo de 92,6 kg apreendidos em 2022 para 195,7 kg em 2023
Amazonas: alta de 50,8%, de 5,2 toneladas em 2022 para 7,8 toneladas em 2023
Maranhão: crescimento de 24,4%, de 240,4 kg em 2022 para 299,0 kg em 2023
Mato Grosso: aumento de 3,1%, saindo de 14.458,5 toneladas em 2022 para 14.906,2 toneladas em 2023.
De acordo com os pesquisadores, o aumento nas apreensões pode indicar tanto um crescimento real no tráfico de drogas quanto uma maior eficácia das forças de segurança.
Enquanto isso, outros quatro estados registraram queda:
Pará: queda de 79,1%, de 6.955,0 toneladas em 2022 para 1.457,4 toneladas em 2023
Acre: diminuição de 19,9%, saindo de 748,1 kg em 2022 para 637,5 kg em 2023.
Rondônia: queda de 16,1%, saindo de 7.742,2 toneladas em 2022 para 6.496,7 toneladas em 2023.
Roraima: queda de 31,5%, de 41,3 kg em 2022 para 28,3 kg em 2023.
No Tocantins, não há dados disponíveis para 2022. Em 2023, foram apreendidos 1.622,2 toneladas de cocaína.
Mortes violentas e facções
O número de mortes violentas intencionais caiu 6,2% na Amazônia Legal, mas ainda é 41,5% maior do que a média nacional, segundo o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estudo analisou o triênio de 2021 a 2023.
No ano passado, 8.603 pessoas morreram violentamente na região, contra 9.096 mortes em 2021. A taxa de mortes violentas na Amazônia Legal é de 32,3 a cada 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 22,8/100 mil habitantes.
A queda nas mortes segue uma tendência nacional. Além disso, segundo os pesquisadores do estudo, a diminuição também se deve ao domínio de facções criminosas. Onde há a presença de mais de uma e disputa entre elas, os índices de violência observados são mais altos.
Em 2023, o estudo identificou um crescimento de 46% na presença de facções criminosas na Amazônia Legal. Agora, dos 772 municípios, ao menos 260 tem registros desses grupos criminosos.
Veja outros destaques do estudo:
Violência contra a mulher: Em 2022, 691 mulheres foram assassinadas nos estados da Amazônia Legal, contra 629 em 2023. No caso dos feminicídios, o número manteve-se praticamente estável, passando de 236 vítimas em 2022 para 228 no último ano. Apesar da queda, a taxa de feminicídio é 21,4% acima da média nacional.
Uma análise do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (CAR) mostrou que mais de 20 mil imóveis rurais estão em terras indígenas ou áreas de proteção ambiental. Destes, 8.610 propriedades rurais estão ilegalmente sobrepostas a Terras Indígenas (TI) e 11.866 propriedade rurais ilegais em áreas de unidades de conservação.
Estudo mostra a relação entre o número de pistas de pouso e as áreas garimpadas. O estado de Roraima possuía 218 pistas de pouso identificadas em 2021, considerando regulares e irregulares.
Ser indígena na Amazônia é mais perigoso do que fora dela. A região é responsável por 56% das vítimas indígenas de todo o país e abriga 51% da população indígena em território brasileiro, segundo o Censo de 2022.




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