O boletim médico divulgado pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, nesta segunda-feira (27), informa que Juliana Leite Rangel, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal na véspera de Natal, está acordada, lúcida, já consegue se comunicar por meio da fala e caminhar com auxílio. 

A recuperação total da fala e da força motora são os desafios mais recentes que Juliana vai enfrentar, depois de deixar o Centro de Tratamento Intensivo no último fim de semana. Na entrevista, ela afirma que tomou o tiro na tentativa de salvar o irmão, que é deficiente visual. Juliana conta que sentiu o disparo quando foi conferir se, de fato, ele estava agachado.

A mãe de Juliana, Dayse Luci Rangel, publicou, no domingo, em uma rede social, um vídeo no qual Juliana move braços, pernas e faz sinal de positivo com as mãos.

Juliana Rangel foi atingida por um tiro de fuzil na noite de 24 de dezembro, dentro do carro da família, na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias.  

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam o caso. Os agentes da PRF que participaram da abordagem foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais. Eles justificam que fizeram os disparos por terem ouvido estampidos, que acharam ter vindo do carro da família.