Lula elogia competência de Gleisi Hoffmann, mas diz que ainda não definiu se ela será ministra
Presidente da República mencionou também que muitas pessoas chamam a presidente do PT de 'radical', mas que ela deve 'falar a linguagem do PT'. 'Ela tem condições de ser ministra em muitos cargos. Até agora não tem nada definido', diz Lula de Gleisi Hoffmann
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (30) a questão da reforma ministerial ao ser questionado se a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, seria ministra.
"Ela [Gleisi] tem condições de ser ministra em muitos cargos. Até agora não tem nada definido. Ela não conversou comigo, eu não conversei com ela", prosseguiu.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com jornalistas.
Guilherme Mazui/g1
Lula mencionou também que muitas pessoas chamam a presidente do PT de radical, mas que, por ela ser presidente do PT, ela deve falar a "linguagem do PT".
Antes dessa declaração, Lula destacou que a troca de ministro é de competência do presidente e que é um hábito da imprensa, logo após a posse, falar sobre reforma ministerial.
Um dos capítulos mais recentes envolvendo Gleisi Hoffmann envolve uma nota que ela soltou sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta, que subiu a taxa Selic em um ponto percentual.
Segundo a presidente do PT, a decisão já estava tomada na direção anterior do Banco Central.
Reforma ministerial
Segundo o presidente, na semana passada ele fez a "melhor reunião de ministério no começo do governo".
Lula iniciou discussões sobre uma reforma ministerial para fortalecer a base do governo no Congresso.
A reforma visa atrair apoio de partidos do Centrão, como o PSD, que buscam mais espaço na Esplanada dos Ministérios.
A expectativa é que as mudanças sejam definidas até fevereiro.
Eleições no Congresso
A eleição para a presidência da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro, pode impactar a relação do governo com o Congresso.
A mudança de líderes partidários e a escolha de novos coordenadores de bancadas, como a evangélica, são pontos de atenção para o Palácio do Planalto, que busca manter uma base aliada forte para aprovar suas propostas
Em reunião ministerial na semana passada, Lula demonstrou preocupação com a pauta. Ele disse que chamaria os ministros para conversar para saber se os partidos deles continuariam apoiando o governo.
"Se os Republicanos vão me apoiar ou não, deixa chegar 2026", afirmou Lula.
Conversa com jornalistas
Lula conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília.
A entrevista sem tema previamente anunciado marca uma mudança na estratégia de comunicação de Lula.
Na primeira metade do mandato, o presidente chegou a se reunir com jornalistas do Brasil e de outros países em "cafés" no Planalto, com outro tipo de organização e, em geral, uma pergunta por veículo de imprensa.
Há duas semanas, o publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social do Planalto, substituindo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
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